Com a chegada dos padres, foi pensado num espaço maior para celebrações eucarísticas e no dia 24 de janeiro de 1887, o Bispo Dom Sebastião Dias Laranjeira de Porto Alegre, autorizou o início da obra. Para os imigrantes italianos uma bela igreja era símbolo de fé, coordenado os trabalhos pelos padres e o espírito de solidariedade do povo foram amontoando os tijolos, pedras roliças e madeiras. Em outubro do mesmo ano, dia da celebração de Nossa Senhora do Rosário foi colocada a primeira pedra e benta pelo Pe. Jacó Pfaendler.
A construção da igreja levou em torno de vinte anos para ser concluída, sendo inaugurada em 1907. Sabendo das dificuldades de construir a igreja, e por conhecer os Padres Palotinos, a obra deve-se também à generosidade de uma benfeitora inglesa que contribuiu com três mil liras para sua conclusão na condição que a mesma fosse dedicada a Corpus Christi. A consagração deu-se no dia 12 de dezembro de 1909, por Dom Cláudio José Ponce de Leão, Arcebispo de Porto Alegre, Matriz Corpus Christi – na época a única na América Latina dedicada a “Corpus Christi”.
A igreja era considerada como o elemento essencial do progresso do lugar, em torno dela acontecia toda a vida social da comunidade, inclusive, os armazéns que antecederam a construção da igreja, seus donos influenciavam para que a mesma fosse construída próximo de seus estabelecimentos, já que a religião era desejo de todos e era o lugar frequentado aos domingos, assim o armazém ficaria mais movimentado.
Considerada marco histórico-cultural e religioso no contexto onde encontra-se inserida, a Igreja Matriz Corpus Christi de Vale Vêneto é um referencial da religiosidade. Foi a partir da Paróquia de Vale Vêneto que a região se sentiu abrigada religiosamente, onde surgiram as paróquias de Ivorá, Nova Palma, Novo Treviso, Agudo, Restinga Seca, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine.